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Travessia

Travessia

Gabriela Mendes e Naara Andrade

Na videodança Travessia, o corpo atravessa espaços de passagem da cidade, propondo uma escuta sensível do espaço público, tensionando a relação entre presença e invisibilidade, entre o lúdico e o colapso cotidiano, para então transformá-los em cena e presença. Sobre a passarela do metrô Santa Tereza, onde o concreto guarda o rio encoberto, a dança emerge como resistência ao apagamento — tanto do espaço quanto dos corpos que por ele circulam. O gesto coreográfico instaura brechas em meio ao caos urbano e revela a potência de um corpo em ressignificação, que insiste em criar mundos possíveis a partir da ruína cotidiana. Entre ruídos da cidade, vibrações do funk e a fisicalidade do corpo em movimento circular repetitivo, Travessia propõe a reinvenção do encontro, da apropriação e da própria ideia de um presente alienado diante da falência das estruturas que sustentam o agora.

Ficha técnica

Travessia (2025, Belo Horizonte/MG – Brasil) – Direção fotográfica: Gabriela Mendes | Roteiro: Naara Andrade | Performance: Naara Andrade | Orientação corporal: Lu Coelho | Trilha sonora original: Gustavo Elias | Edição e montagem: Gabriela Mendes | Produção: Independente | Local de gravação: Parque Municipal das Mangabeiras | Duração: 4’16’’

Mini bio do autor

Gabriela Mendes é artista-pesquisadora, arquiteta e urbanista formada pela UFJF. Seu trabalho perpassa entre a pesquisa e o audiovisual, com foco nas relações entre corpo, espaço urbano e culturas periféricas. Produziu o documentário Rosário em Cena (2024) e foi diretora fotográfica da videoarte Enxágue (2025), além de trabalhos como videomaker em projetos artísticos e culturais. Desenvolveu o curta/videodança Travessia (2025), que articula corpo, e espaço público, e mantém pesquisas sobre patrimônio cultural periférico e atravessamentos entre corpo e território. Também atua como designer de iluminação e cenografia em eventos e espetáculos.

Naara Andrade é técnica em artes circenses pelo CICALT, arte-educadora e artista itinerante. Atua há cinco anos como pesquisadora do corpo, desenvolvendo trabalhos que transitam entre performance, dança e experimentação sensível. Apresenta suas criações em diversos contextos pelo Brasil, ocupando espaços não convencionais e propondo encontros poéticos com o público. Sua pesquisa atravessa temas como ciclicidade, ancestralidade, cotidianidade e o bambolê contemporâneo como dispositivo coreográfico e político. Entre seus trabalhos recentes estão as performances Enxágue (2025) e Bamburá (2024), apresentadas em teatro, nas quais investiga práticas de mascaramento, ancestralidade e gestos cotidianos como matéria coreográfica. Também realizou a vídeoarte Vestígios (2024), que articula memória, presença e repetição como forma de escavação poética do corpo. Naara constrói uma trajetória comprometida com a criação de linguagens próprias, onde o corpo é ferramenta de escuta, fricção e invenção; tensionando fronteiras entre arte, cotidiano e território.

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