


Alkimia Terralis
Belize de Melo Neves
Entra no objeto e se transforma, está em fundição. Acontece uma alteração da matéria pelo contato com a matéria, programa performativo que se expande para o vídeo. Substância que opera, cria química no registro do vivo da experiência. Também mulher, também penetra. Em vida e célula, cria magia na crença profunda da capacidade de transmutação: experimenta, observa, inventa, percebe e compartilha suas misturas. Encontrar seus objetos, colocar para dissolver, misturar com a terra em que pisa e ai ser, assim embebido de mundo, sujo recém nascido, um corpo trançado no mundo.
Ficha técnica
Alkimia Terralis (2023, Ouro Preto/MG – Brasil) – Direção, câmera, performance e edição: Belize de Melo Neves | Duração: 4’45”
Mini bio do autor
Artista-pesquisadora, diretora, dramaturga, performer e professora. É mestre em Artes Cênicas pela UFOP, com o trabalho “Tramaturgia(s) do eu profundo: a dramaturgia da dança e as camadas invisíveis do sujeito”, e bacharel em Filosofia, com pesquisa sobre a parresia na estética da existência em Foucault. Investiga a trama das urgências da vida por meio de experiências acerca das sete peles do sujeito, buscando, através da tecelagem e da dança, relacionar-se com o mundo. Desenvolve experiências multiespécies de si mesma, permeada e permeante de amplas camadas de pele, tendo o corpo como território do sensível. Trabalha com macramê, crochê, tranças e tramas; improviso, funk, butô e pagode; dramaturgias e objetos relacionais — materialidades em constante diálogo. É integrante do coletivo @anti__corpos (desde 2022), professora de expressão corporal e estudante de filosofia clínica.
